segunda-feira, 4 de março de 2019

QUÍMICA ANALÍTICA NA ÁREA FARMACÊUTICA

Química analítica é uma disciplina voltada para análises das substâncias ou elementos químicos, visando identificá-los e/ou quantificá-los, através de instrumentos ou outros métodos. O objetivo dos conteúdos abordados na química analítica, é desenvolver métodos capazes de determinar a composição química das substâncias e a teoria que embasa a utilização destes métodos.


A química analítica pode ser dividida em duas partes, sendo elas, análise qualitativa e análise quantitativa.
  • Análise qualitativa: é empregada para identificar elementos, consistentes em uma amostra, sejam elas moléculas ou átomos, independente da sua origem (animal, vegetal ou mineral) e também podem ser utilizados aspectos físico-químicos para a determinação, como odor, pH, densidade, entre outros.
  • Análise quantitativa: é empregada para quantificar cada elemento presente em uma amostra, é também utilizado para realizar cálculos de concentrações, volume ou massa de uma determinada substância. Para fazer estas determinações podem ser utilizados métodos como volumetria, instrumentais, etc.


    
Técnicas como precipitação, extração ou destilação são utilizadas na análise qualitativa, onde os componentes separados são tratados com reagentes capazes de identificar um elemento através da solubilidade, cor, ponto de ebulição, ponto de fusão, etc. Já a quantificação pode ser realizada através de técnicas como volumetria (titulação) e gravimetria (medida de massa), que permitem calcular a quantidade do elemento presente na amostra.
Para realizar uma análise quantitativa ou qualitativa é necessário levar em conta o tipo de amostra a ser analisada, quais tipos de tratamento que a amostra deve receber, para poder definir o método analítico mais adequado. Os métodos analíticos podem ser clássicos ou instrumentais:
  • Método clássico: este método geralmente é mais utilizado para análises esporádicas, ou seja, que não precisa ser realizada frequentemente. O custo normalmente é mais baixo, mas é confiável e ainda são muito utilizados devido à simplicidade dos equipamentos utilizados.
  • Método instrumental: este método é ideal para rotina, ou seja, que é necessário realizar frequentemente análises das amostras, como no caso de indústrias. Normalmente o custo é mais elevado, deve a maior complexidade dos equipamento, necessidade de calibração deles e também capacitação de funcionários, para que possam manuseá-los de forma correta.

A QUÍMICA ANALÍTICA FRENTE A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA


A química analítica apresenta grande importância em todas as áreas da ciência. Todas essas áreas necessitam do auxílio da química analítica no desenvolvimento dos seus estudos. Todo processo em algum momento passa por análise química, visando resultados. 
Os resultados analíticos são responsáveis por determinar as conseqüências das decisões no controle de qualidade dos produtos produzidos, no controle de processo de produção, no desenvolvimento de novos produtos, e também nos fatores ambientais e de saúde. Todo esse trabalho é realizado pelo analista químico. Na maior parte dos casos, seu trabalho refletirá em uma série de benefícios para o usuário ou para o consumidor dos produtos elaborados pela indústrias ou empresas.

Os métodos analíticos são utilizados também no controle da poluição ambiental, na determinação da concentração de nutrientes em alimentos e em diversos outros processos, indicando a natureza interdisciplinar da química analítica e sua importância vital em laboratórios médicos, industriais, governamentais e acadêmicos.

Fonte: www.trabalhosfeitos.com
www.cursodefarmacia.net

A HISTÓRIA DA FARMÁCIA

Surgimento das boticas

     A origem das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir d século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão.
     Na Espanha e na França, a partir do século X, foram criadas as primeiras boticas. Esse pioneirismo, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais.
     Neste período, o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e armazenamento dos medicamentos.
     Com um grande surto de propagação da lepra, Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde pública, ampliou o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da médica e fica proibido ao médico ser proprietário de uma botica. Com isso, dá início à separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias para produzir porções de cura.


Formação farmacêutica

     No século II, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia de que se tem notícia, criando inclusive uma legislação para o exercício da profissão. Em 1777, Luis XV determina a substituição do nome de apoticário pelo de farmacêutico.     Naquela época, a obtenção do diploma de farmacêutico exigia estudos teóricos e prestação de exames práticos, embora ainda não fosse considerado de nível universitário. Com o tempo, o estudo universitário para a formação do farmacêutico é estendido para toda a Europa.
     No século XVI, o estudo dos remédios ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças. Com o tempo, foi implantada no mundo a indústria farmacêutica, e, com ela, novos medicamentos são criados e estudos realizados em velocidade espantosa.
     Os maiores conhecimentos em fisiologia e toxicologia dão início à moderna farmacologia, tendo sido publicado, em 1813, o primeiro tratado de toxicologia. Também na primeira metade do século XIX foram criados os primeiros laboratórios farmacêuticos. Inicia-se um grande processo de mudança na profissão.

Primeiro boticário do Brasil

     O boticário no Brasil surgiu no período colonial, quando medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos podiam ser comprados nas boticas. Geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopéia e a prescrição médica.
     O primeiro boticário no Brasil foi de Diogo de Castro, trazido de Portugal pelo governador geral, Thomé de Souza. Isso só aconteceu após a coroa portuguesa decretar que, no Brasil, o acesso ao medicamento só aconteceria se nas expedições portuguesas, francesas ou espanholas houvesse um cirurgião barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.

Século XX

     Durante a 1ª Guerra Mundial (1914 - 1919), desenvolve-se a terapia antimicrobiana com avanços significativos em quimioterapia, antibioticoterapia e imunoterapia. E no período da 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945), começaram as pesquisas sobre guerra química que resultaram no descobrimento dos primeiros antineoplásicos.
     A industrialização em ritmo crescente torna o fármaco um produto industrial, aliado às mudanças da sociedade de consumo e, ainda, objeto de interesses econômicos e políticos. Como conseqüência, são feitos enormes investimentos publicitários que atribuem ao medicamento a solução para todos os problemas.
     A sociedade, a partir de 1950, começa a dispor dos serviços das farmácias e da qualificação do farmacêutico.


Fonte: CRF/SP